♦ Como chegar ao Parque Nacional da Serra dos Órgãos
- O Parque Nacional da Serra dos Órgãos – PARNASO – possui três sedes – Petrópolis, Teresópolis e Guapimirim – sendo que a Travessia da Serra dos Órgãos conecta as duas primeiras;
»PORTARIA DE PETRÓPOLIS
- A portaria de Petrópolis fica em Côrreas, distrito petropolitano, na Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro;
→ CARRO: Pra chegar de carro, basta colocar no GPS do celular: “parnaso – sede petropolis”
→ TRANSPORTE PÚBLICO
- Linhas de ônibus que levam à Rodoviária de Petrópolis (conhecida como Terminal Bingen):
- SP x Petrópolis – Viação Salutaris;
- BH/Tiradentes x Petrópolis – Viação Útil ou Viação Paraibuna;
- RJ x Petrópolis – Viação Útil / Viação Única saindo da Rodoviária Novo Rio / Viação Única saindo do Castelo (centro do Rio);
→ Clique Aqui para ser direcionado para o Moovit, site com as melhores linhas e rotas de transporte público para chegar à Portaria de Entrada do PARNASO – sede Petrópolis;
»PORTARIA DE TERESÓPOLIS
- A portaria de Teresópolis fica bem no centro urbano da cidade, na Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro;
→ CARRO: Pra chegar de carro, basta colocar no GPS do celular: “parnaso – sede teresópolis”
→ TRANSPORTE PÚBLICO
- Clique Aqui para ser direcionado para o Moovit, site com as melhores linhas e rotas de transporte público para chegar à Portaria de Entrada do PARNASO – sede Teresópolis;
→ Na sede de Teresópolis existe estacionamento dentro do parque. Na sede de Petrópolis os estacionamentos são privados e ficam no entorno do Parque; → Alguns funcionários do Parque realizam um transporte pago entre as sedes para facilitar a vida dos praticantes de trekking que pretendem fazer a Travessia. Funciona da seguinte forma: → Também é possível deixar o carro em uma das sedes e combinar previamente um transfer (UBER, táxi, van ou similares) de volta. Não deixe para fazer depois, pois os motoristas se aproveitam da situação e cobram valores exorbitantes; → É possível fazer o trajeto via ônibus, mas os horários são limitados e não há ônibus direto entre Teresópolis e Córreas;
♦ Roteiro da Travessia Petrópolis x Teresópolis
- Como concluímos a Travessia iniciando em Petrópolis e encerrando em Teresópolis, a partir daqui falaremos apenas sobre esse percurso. Nos pareceu uma logística melhor terminar em Teresópolis, porque além de ter uma estrutura muito maior, com lanchonetes, estacionamento e belos mirantes, o trajeto no sentido Pedra do Açu x Pedra do Sino, reserva os melhores visuais possíveis;
» DIA 1: PORTARIA DE PETRÓPOLIS X PEDRA DO AÇU
Distância 6 km Tempo 4 h 30 min Nível do Trajeto Moderado / Difícil
→ Portaria de Petrópolis x Bifurcação Cachoeira Véu da Noiva (tempo: 1 hora // nível: leve)
- A sede de Petrópolis é bem simples;
- Após apresentar documentação e pagar as taxas na portaria de entrada, basta seguir pela trilha principal do parque;
- No caminho existem algumas bifurcações que levam a poços e quedas menores. Nada que valha a pena conhecer;
- Leva cerca de 1 hora de trilha até a bifurcação sinalizada com a saída para a Cachoeira do Véu da Noiva (foto abaixo);
- Se não desejar conhecer a cachoeira, ignore e siga em frente, sempre subindo;
→ Bifurcação da Cachoeira Véu da Noiva x Pedra do Queijo (tempo: 45 minutos // nível: leve)
- A partir dai a trilha se torna uma grandes e monótonas subida e descidas e zigue-zagues até chegar à Pedra do Queijo, primeiro ponto de referência da travessia e um belo mirante (a pedra tem esse nome pelo formato arredondado, lembrando um grande queijo – foto abaixo);
→ Pedra do Queijo x Ajax (ponto de água) (tempo: 1 hora // nível: leve)
- Continue na trilha até chegar numa laje de pedra;
- Suba em direção à esquerda passando por cima da laje até chegar no próximo ponto de referência, conhecido como Ajax;
- Cuidado para não seguir reto;
- Este local é também um ponto de água característico por ter uma pedra com uma divisão no meio, como uma noz;
→ Ajax x Isabeloca (tempo: 1 hora // nível: leve)
- A subida da encosta continua, cada vez mais íngreme e em terreno acidentado até o próximo mirante conhecido como Isabeloca;
→ Isabeloca x Pedra do Açu / Abrigo (tempo: 40 minutos // nível: leve)
- Logo se chega ao Chapadão, já bem alto, e existem várias opções de trilhas que seguem até os Castelos do Açu, também conhecido como Pedra da Tartaruga pelos locais, pela semelhança com o casco de tartaruga (foto abaixo);
- Nesse trecho a trilha cruza por lajes de pedra, então fique atento pra não se perder;
- Passando por um antigo Abrigo desativado na base da Pedrado Açu (foto 1) e;
- Descendo em direção a uma ponte suspensa que cruza um pequeno córrego, está o Abrigo do Açu, um chalé pago com banho quente e cozinha com capacidade para 30 visitantes (12 beliches e 18 bivaque). Junto ao abrigo existe uma área de camping com capacidade para 70 pessoas (foto 2). Dá pra trazer a própria barraca ou alugar no local.
- O Morro do Açú possui vários atrativos, como um labirinto em meio a suas gigantes rochas, alguns mirantes de onde é possível vislumbrar o nascer do Sol, bem como uma Cruz na beira de um precipício em homenagem as pessoas que morreram ao longo da Travessia (foto abaixo);
» DIA 2: PEDRA DO AÇU X PEDRA DO SINO
Distância 7 km Tempo 5 h 30 min Nível do Trajeto Extremamente Difícil
→ Pedra do Açu x Morro do Marco (tempo: 40 minutos // nível: leve)
- Até chegar na Pedra do Açu a trilha é bem demarcada, com pequenos trechos de exceção;
- A partir da área do Abrigo no Açu, é mais raro encontrar trilhas de terra (a maioria são grandes lajes de pedra);
- Além disso, esse trecho possui locais que exige maior técnica para ultrapassar, mas nada impossível de encarar;
- Saindo do abrigo, sempre se guie pela Pedra do Sino, visível durante todo o percurso;
- O próximo passo é uma descida bem íngreme, seguida de uma subida tão íngreme quanto;
- Chegando ao outro lado a trilha segue pela crista do Morro do Marco, montanha vizinha ao Morro do Açu e ponto de partida para a trilha que leva aos Portais do Hércules, de onde se tem um incrível visual do nascer do Sol (foto abaixo);
- A descida desse morro é a parte mais complicada e que a maioria das pessoas se perde;
- A dica é seguir em direção ao Dedo de Deus;
- Basta descer beirando os arbustos da esquerda até achar a trilha lá embaixo;
→ Morro do Marco x Morro da Luva (tempo: 1 hora // nível: leve)
- O próximo obstáculo é o Morro da Luva segunda montanha mais alta da Serra dos Órgãos, com 2.263 metros de altitude;
- A subida começa íngreme e existem algumas lajes de pedra que podem fazer a trilha ser perdida;
- O segredo é sempre atentar para a trilha no lado esquerdo, até a descida;
- Chegando no vale ao pé do morro, local conhecido como Geladeira ou Vale da Luva, antigo local para acampamento;
- Depois, outra subida íngreme até chegar ao topo do Morro da Luva e se deparar com o belo visual da Pedra do Sino e do Garrafão, à sua direita (foto abaixo);
→ Morro da Luva x Morro do Dinossauro (tempo: 45 minutos // nível: leve)
- A descida do Morro da Luva é repleta de lajes de pedra e um pequeno córrego, demandando atenção redobrada;
- Ao atravessar as lajes tem um corrimão artificial que ajuda na passagem por um riacho que escorre pelas pedras;
- Depois de cruzar uma pequena ponte, o próximo desafio: o temido Elevador;
- São vergalhões fixados no paredão que formam uma escada, tornando a subida bem mais rápida e perigosa (foto abaixo);
- Após o Elevador, basta seguir pela esquerda, contornando a montanha;
- Depois de umas subidas e decidas (algumas com auxílio de grampos e cordas) você chega à crista do Morro do Dinossauro;
→ Morro do Dinossauro x Vale das Antas (distância: tempo: 1 hora // nível: leve)
- No alto do Morro do Dinossauro a trilha segue entre lajes de pedras e mata;
- A trilha vai descendo em zigue-zague até chegar no Vale das Antas, antigo local de acampamento e ideal para uma pausa para se alimentar e se hidratar no riacho que passa pelo vale (foto abaixo);
→ Vale das Antas x Pedra da Baleia (distância: tempo: 50 minutos // nível: leve)
- Depois de um bom tempo caminhando por cima de lama preta, o próximo ponto de referência é a Pedra da Baleia;
- A rocha lembra o corpo de uma imensa Baleia e fica bem no meio do caminho;
- A vista lá de cima é sensacional em 360 graus;
→ Pedra da Baleia x Pedra do Sino (distância: tempo: 40 minutos // nível: leve)
- Depois de passar pela Pedra da Baleia a trilha vai beirando um abismo com vista para o Garrafão e Pedra do Sino a frente e a Pedra do Açu distante lá trás. Nesse momento dá pra ter uma noção de todas as longas subidas e descidas que ficaram para trás;
- Esse último trecho é o mais técnico da travessia:
- Primeiro, passado o “abismo” você desce até chegar a um ponto conhecido como “Mergulho“, onde é necessário um pouco de calma e muita atenção pra descer de uma grande rocha até o chão (aproximadamente 3 metros);
- No local tem grampos para fixar cordas, mas com duas pessoas já é possível descer as mochilas sem problemas;
- Já na parte baixa, chamado de Vale dos 7 Ecos. começa então uma “escalaminhada” cansativa até o topo da Pedra do Sino;
- No alto dessa subida, já bem próximo do fim, está o temido Cavalinho, parte que exige bastante técnica;
- O ideal é utilizar cordas, mas se não tiver nenhuma à mão, jogue a mochila primeiro e depois “escale” a pedra como se estivesse montando um cavalo (veja a galeria abaixo);
- Seguindo pela trilha logo tem uma bifurcação: seguindo pela trilha principal, você desce em direção ao Abrigo 4;
- Para seguir para o topo da Pedra do Sino, suba à direita, saindo da trilha principal;
- A Pedra do Sino é o ponto mais alto da Serra dos Órgãos com 2.275 metros de altitude. Lá de cima tem uma visão panorâmica incrível de toda a região. Dá pra ver a Pedra do Açu, Dedo de Deus, Agulha do Diabo, Garrafão, dentre outras formações famosas;
→ Pedra do Sino x Abrigo 4 (distância: tempo: 20 minutos // nível: leve)
- Além do visual, o cume ainda tem um marco de pedra fixado;
- O Abrigo 4, a cerca de 2.200m de altitude, possui capacidade para 30 visitantes (12 beliches e 18 bivaque), dispõe ainda de cozinha e banho quente. O camping tem capacidade para 70 pessoas. O montanhista pode trazer a própria barraca ou alugar;
» DIA 3: PEDRA DO SINO X PORTARIA DE TERESÓPOLIS
Distância 14 km
(4 km da barragem à portaria) Tempo 4 h Nível do Trajeto Moderado / Difícil
→ Abrigo 4 x Barragem (tempo: 3 horas // nível: leve)
- Ao deixar o Abrigo 4, a trilha passa pelo Campo das Antas, um lugar de vegetação baixa e com bastante lama preta;
- A descida é longa, num zigue-zague de quase 3 horas que parece infinito;
- Ao longo do caminho, existem alguns pontos de referência como o Cota 2000 (local que marca 2.000 metros de altitude), que serve de ponto de partida para outros atrativos, como o Morro da Cruz e o Mirante da Agulha do Diabo, e pelo antigo Abrigo 3 (1.920 metros), antigo acampamento;
- Já quase no final, existe um ponto de hidratação, na Cachoeira do Papel, na beira da trilha;
- Ainda, existem duas ruínas dos antigos Abrigos 2 e 1, e pela Cachoeira Véu da Noiva;
- A trilha chega ao fim numa porteira que dá acesso à Barragem, onde fica o Centro de Visitantes da sede Teresópolis;
→ Barragem x Portaria de Teresópolis (tempo: 40 minutos // nível: leve)
- A Barragem é um ambiente familiar, com estacionamento, lanchonete, uma pequena queda d´água originada da Barragem, além de algumas trilhas que levam a belos mirantes e paisagens (confira nas curiosidades finais);
- Partindo da Barragem, tem uma van que leva até a Portaria do Parque, periodicamente, pra facilitar a vida dos montanhistas sem carro, pois a Estrada da Barragem é uma descida extensa e cansativa, esforço desnecessário para quem já percorreu mais de 30 km carregando uma mochila;
♦ Curiosidades sobre o PARNASO
→ O Parque Nacional da Serra dos Órgãos é uma Unidade de Conservação Federal de Proteção Integral, subordinada ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), cujo objetivo maior é o de preservar amostras representativas dos ecossistemas nacionais;
→ Criado em 30 de novembro de 1939, o PARNASO é o terceiro parque mais antigo do país, representando um importante marco na história das Unidades de Conservação Brasileiras. É um dos melhores locais do país para a prática de esportes de montanha, como escalada, caminhada, rapel e outros; além de ter fantásticas cachoeiras. O Parque tem a maior rede de trilhas do Brasil. São mais de 200 quilômetros de trilhas em todos os níveis de dificuldade: desde a trilha suspensa, acessível até a cadeirantes, até a pesada Travessia Petrópolis-Teresópolis, com 30 Km de subidas e descidas pela parte alta das montanhas;
→ Entre as escaladas destacam-se o Dedo de Deus, considerado o marco inicial da escalada no país, e a Agulha do Diabo, escolhida uma das 15 melhores escaladas em rocha do mundo;
- Cachoeira Véu da Noiva – queda com 30 metros de altura;
- Cachoeira das Andorinhas – queda com 15 metros de altura;
- Gruta do Presidente – o Presidente Getúlio Vargas gostava de ir até a Gruta de mula, por isso o nome;
- Pedra do Açu / Castelos do Açu – com seus 2.245 metros de altitude é o mais alto de Petrópolis;
- Poço do Paraíso – O mais visitado da Sede Petrópolis;
- Poço das Bromélias;
- Poço dos Primatas;
→O Setor Teresópolis está localizada na área urbana da cidade, sendo a principal do PARNASO. Oferece ao visitante infra-estrutura completa de lazer além de inúmeras trilhas com mirantes, poços de rio, centro de visitantes e piscina de água natural. Possui capacidade para até 270 carros estacionados. Seus atrativo mais famoso é a Pedra do Sino, pico mais alto do PARNASO. No entanto, há muitos outros:
- Trilha 360º – Mirante Borandá voltado para a Serra dos Órgãos. Ainda, serve de junção entre as Trilhas do Cartão Postal e Mozart Catão;
- Trilha Suspensa – a mais visitada da Sede Teresópolis, seu acesso é pelo final da Estrada da Barragem;
- Trilha Primavera;
- Trilha Mozart Catão – Mirante Alexandre Oliveira, com vista para a cidade de Teresópolis e o Parque Estadual dos Três Picos, ao fundo;
- Trilha Cartão Postal – acesso a um mirante voltado para a cadeia de montanhas da Serra dos Órgãos. Considerada a mais bonita da Sede;
- Poço do Castelo – este poço é mais tranquilo para quem prefere local mais tranquilo e natural para banho de rio;
- Poço Dois Irmãos – O poço mais bonito da Sede Teresópolis, seu acesso é a direita da piscina natural;
- Poço Ceci e Peri;
- Poço da Ducha (da Barragem) – Seu acesso é através de uma escada de madeira na Praça da Barragem;
→ O Setor Guapimirim possui diversas trilhas, cachoeiras e poços de rio, além de estrutura completa para camping (Camping Jacu e Camping Araçari) com total segurança para os visitantes, com destaque também para o Centro de Visitantes e Museu Von Martius e outras construções históricas. Seus atrativos são:
- Poço da Capela – junto à histórica capela de Nsa. Sra. da Conceição do Soberbo;
- Poço da Mãe D´água;
- Poço do Sossego;
- Poço da Ponte Velha – junto às ruínas dos pilares de uma antiga ponte da estrada real;
- Poço Verde – principal atrativo natural da Sede Guapimirim, é um conjunto de cachoeiras, corredeiras e poços do Rio Soberbo;
- Poço da Preguiça;
- Trilha das Ruínas;
- Trilha Circular;
♦ Informações úteis
→ Horário de funcionamento das bilheterias: de 8:00 às 17:00, diariamente;
→ Horário de entrada: de 6:00 às 22:00.
→ Confira aqui a tabela de preços no site do PARNASO;
→ Orientações:
- Todos os atrativos do PARNASO podem ser visitados sem o acompanhamento de um Guia ou de um Condutor de Visitantes. Entretanto, para algumas atividades como escaladas e caminhadas nas áreas de montanha, como a Travessia Petrópolis x Teresópolis, é recomendável a presença de uma pessoa que conheça o atrativo ou a contratação de um Condutor de Visitante;
- Para acessar a área de montanha é necessário o preenchimento do Termo de Conhecimento de Riscos;
- Menores de idade descompanhados dos pais, devem apresentar autorização dos pais ou responsáveis;
- Não é permitida a entrada e a permanência de animais domésticos no PARNASO;