Pico do Pião: o que fazer em Ibitipoca

♣ Veja aqui tudo que você precisa saber sobre o Circuito do Pico do Pião, uma das três trilhas do Parque Estadual de Ibitipoca, em Lima Duarte, Minas Gerais. Essa trilha dá acesso ao segundo ponto mais alto do Parque, com 1.722 metros de altitude.

Diante da fama da Janela do Céu, fica difícil competir, mas o Pico do Pião é uma opção muito interessante para aqueles que buscam conhecer as vistas do Parque Estadual de Ibitipoca, já que o pico, com seus 1.720 metros, é o segundo mais alto do parque. 

Durante o percurso, você terá a oportunidade de visitar lugares bem interessantes, como: Gruta do Monjolinho, Cachoeira da Pedra Furada, Gruta do Pião, Gruta dos Viajantes e, claro, Pico do Pião.

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A marca registrada da região é a cor das águas de seus rios, que variam de tons avermelhados a dourados. Isso acontece pelo acúmulo de matéria orgânica em decomposição nas bacias subterrâneas, que chega facilmente às águas devido à porosidade do solo, e devido ao quartzito concentrado nas rochas.

Neste artigo, você terá todas as informações úteis para colocar essa trilha na sua lista de lugares a visitar em Ibitipoca!  Acompanhe:

♦ Onde fica e como chegar ao Parque Estadual de Ibitipoca

O Parque Estadual de Ibitipoca está localizado em Conceição de Ibitipoca — ou simplesmente Ibitipoca — um distrito de Lima Duarte, município da Zona da Mata Mineira, que fica às margens da BR-267, rodovia transversal que corta os estados brasileiros de Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso do Sul.

Apesar de parecer um lugar isolado, chegar à Ibitipoca é mais fácil do que parece. Para quem iniciará a viagem de regiões mais distantes, o trecho aéreo é a primeira parte da viagem. Os aeroportos mais próximo são o Aeroporto Internacional Tom Jobim (GIG), no Rio de Janeiro e o Aeroporto Internacional de Confins-Tancredo Neves (CNF), em Belo Horizonte.

Do aeroporto, você ainda precisa percorrer 260 km, caso esteja partindo do Rio de Janeiro ou 360 km, caso saia de Belo Horizonte. Veja as principais alternativas:

» Como ir de carro

Se estiver de carro, clique aqui. Esse link abrirá seu aplicativo de navegação com a rota já programada para a entrada do Parque Estadual de Ibitipoca (caso não tenha aplicativos para essa finalidade, recomendo baixar Waze ou Google Maps).

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Viajar sem carro para a Ibitipoca é bem complicado — Acredite! Passei por essa experiência. A não ser que você já more em alguma cidade da região, você precisará de tempo e paciência para chegar até lá de ônibus. Isso porque não tem linha direta para lá. Você terá que pegar uma linha até Juiz de Fora, depois até Lima Duarte e de lá para Conceição de Ibitipoca. Além disso, as linhas têm horários limitados e, dependendo da época, a procura é grande.

Por isso recomendo fortemente que você alugue um carro ou busque uma carona — o sistema de caronas não é tão desenvolvido na região como ocorre na Chapada dos Veadeiros, por exemplo. Ah, caso resolva alugar um carro, não esqueça de abastecer em Lima Duarte, pois não há postos de gasolina em Ibitipoca!

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» É possível ir de ônibus até Ibitipoca?

Sim, é possível, mas como disse anteriormente, será uma missão e tanto! Sorte que o site oficial de Ibitipoca oferece todas as informações atualizadas de como chegar até Ibitipoca por meio de transporte público. Basta acessar o seguinte link: https://www.ibitipoca.tur.br/trajetos/.

♦ Tudo sobre o Circuito do Pico do Pião

Logo na entrada do parque, tem uma guarita onde é necessário se identificar, pagar a taxa de visitação e assinar um termo de responsabilidade. Caso não tenha agendado pelo site com antecedência — clique aqui para agendar —, é nesse momento que você vai descobrir se ainda tem ou não vaga disponível para o passeio que deseja fazer.

Para estacionar o veículo, tem que seguir a estrada por mais um tempinho até chegar ao centro de visitantes, onde dá para se informar melhor sobre os percursos e até baixar o mapa do parque. Mais a frente, próximo ao acampamento do parque, tem uma lanchonete e banheiros.

O Pico do Pião inicia em uma descida bem ao lado de um relógio solar, em frente à estrutura do restaurante/lanchonete. Aliás, vale a pena parar ali para relaxar antes ou após começar a trilha, enquanto admira o visual incrível da região montanhosa.

O Circuito do Pico do Pião tem, em torno de, 10 km de extensão total, partindo do restaurante, indo até o Pico do Pião, com seus 1.720 metros de altura, e retornando até o restaurante novamente. 

O circuito é um pouco cansativo, por possuir trechos de subida íngreme, embora sem dificuldade técnica. A trilha é bem larga e aberta, praticamente uma estrada de terra. Em dias de céu aberto, o sol forte e o calor podem ser extenuantes.

Para iniciar o circuito, basta seguir a trilha em frente ao restaurante, que desce em direção à Praia das Elfas, popularmente conhecida como “Prainha”. Então, em seguida, atravessar o local pela ponte e seguir as placas indicando o caminho correto. A trilha quase o tempo todo segue subindo, o que a torna bem cansativa. Durante a subida fique atento às placas indicando os atrativos.

» Gruta do Monjolinho

O primeiro atrativo no circuito é a Gruta do Monjolinho, uma pequena gruta cercada por um grande poço. A água que se acumula ali, entra por uma fenda submersa. Para entrar na gruta você tem que mergulhar e passar por dentro dessa fenda. No outro lado do paredão, dentro da gruta, tem uma pequena queda d’água escondida. 

» Cachoeira da Pedra Furada, Cachoeira Encantada e Poço Campari

Voltando ao trajeto principal e quase sempre subindo, há duas cachoeiras bem próximas: a Cachoeira Encantada/do Encanto e a Cachoeira da Pedra Furada. A primeira é bonita e tem um poço bacana pra mergulhar, mas a mais especial, sem dúvida é a segunda.

A Cachoeira da Pedra Furada tem esse nome, porque a água do rio passa por dentro de um furo na pedra, formando uma bela queda d´água que segue para um grande poço abaixo. Na parte alta tem um deck, onde os visitantes podem apreciar a cachoeira e tirar fotos. Outra trilha leva a té a base dela, onde dá pra curtir o poço.

Ainda, nesse mesmo desvio, tem um o poço chamado Poço Campari, ideal para um banho tranquilo.

» Gruta do Pião

A próxima entrada é para a Gruta do Pião, que fica no meio de um lindo bosque. A gruta é longa, mas com teto baixo. Seus corredores vão se estreitando e às vezes temos que passar por aberturas bem pequenas. Um verdadeiro labirinto. Tome cuidado para não se perder e, claro, leve lanterna. 

» Gruta dos Viajantes

Já bem próximo ao Pico do Pião, tem uma bifurcação com uma trilha que leva para o sentido oposto, em direção à Gruta dos Viajantes, minha favorita. Algumas pessoas preferem ir após visitar o pico, mas recomendo que vá antes e aproveite para passar um bom tempo no pico recuperando fôlego da subida da escadaria que leva a gruta.

A gruta é uma das maiores e mais bonitas do parque. O mais interessante é que, para chegar até ela, você precisa descer por uma escada de madeira que parece infinita, mas vale a pena, acredite! A descida é a melhor parte. Você vai curtindo o visual e, a medida que nos aproximamos da gruta, ela parece cada vez maior e mais impressionante. É uma longa e prazerosa descida — a subida não é tão divertida hehe. Uma curiosidade é que a base dos degraus de madeira é todo formado por tampinhas metálicas, que servem para evitar que fique escorregadio.

Já na parte baixa, frente a frente com a imensa gruta, nos sentimos uma formiga. O chão lá embaixo é de areia e o vento úmido que vem de dentro da gruta é bem gelado. Ainda, pra completar, tem uma linda queda d´água que escorre pelo paredão. Para os aventureiros, dá para seguir pela entrada da Gruta dos Viajantes e sair pelo outro lado, completando um circuito pequeno. 

» Pico do Pião

Em seguida, retornando à trilha principal, já é possível avistar, de longe, o principal atrativo desse circuito, o Pico do Pião. Basta caminhar alguns metros a mais, em meio à vegetação baixa, e subir uma escada de madeira bem rústica com largos degraus, que leva direto ao cume.

Lá no topo tem uma curiosa construção em ruínas, que não tem relação nenhuma com o nome do local. Essas ruínas um dia foram parte da Capela Senhor Bom Jesus da Serra, construída em 1932. As tempestades e os raios frequentes nessa região acabaram destruindo a capela, que foi abandonada há bastante tempo. Hoje só resta parte do altar e do piso. Existe a lenda de que o sino da antiga igreja se encontra em algum lugar no fundo do penhasco.

O Pico do Pião é o segundo ponto mais alto do parque, com 1.720 metros de altitude. Do alto, temos uma vista panorâmica da região. O local é excelente para a visualização do nascer do Sol. Os primeiros raios de luz surgem bem atrás do altar, formando uma bela vista. No entanto, essa aventura só é permitida para quem está acampado dentro do Parque.

Para saber mais detalhes sobre esses roteiros, acesse o site oficial do Parque.

Espero que tenha curtido o post e tirado suas dúvidas sobre essa trilha. Se tiver mais dúvidas, fique à vontade para comentar aqui no post! Um grande abraço e que nossos caminhos se cruzem pelas trilhas da vida!

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